Por ser uma doença que aumenta a cada dia em número de casos, é fundamental que o cirurgião-dentista saiba como oferecer um atendimento de qualidade
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que cerca de 600 mil novos casos de câncer são diagnosticados no Brasil anualmente. Além de desafiar enfermeiros e médicos, a doença também impacta os profissionais de odontologia, que devem adotar um protocolo odontológico para pacientes oncológicos.
Os cuidados com a saúde bucal são indispensáveis antes, durante e após o tratamento do câncer. No entanto, o ideal é que o paciente seja examinado pelo cirurgião-dentista para que o tratamento odontológico seja feito antes do oncológico.
Neste artigo, produzido pela redação do Centro de Desenvolvimento em Odontologia (CDO), você irá entender como atender pacientes nessa modalidade e quais os passos depois do diagnóstico. Boa leitura!
Pacientes oncológicos devem ser examinados pelo profissional assim que descobrem a doença, e como mencionado acima, o tratamento dentário deve ser feito, preferencialmente antes. Esse processo deve examinar todas as especialidades odontológicas, considerando a condição clínica do enfermo.
A quimioterapia e a radioterapia, tratamentos contra o câncer, são capazes de trazer inúmeros efeitos colaterais na cavidade oral, como ulcerações, infecções, hemorragias e outros problemas. Quando essas adversidades não são cuidadas da forma adequada, provocam dificuldades nutricionais, sociais e emocionais, afetando a qualidade de vida desses pacientes.
Logo, deve existir um atendimento integrado: médico e dentista, que trabalharão na prevenção, diagnóstico e tratamento correto.
O primeiro passo é preencher a anamnese, um documento substancial para que os dentistas planejem e estudem processos seguros e façam diagnósticos precisos. É neste ponto que os profissionais terão o contexto da doença e entenderão a etapa que o paciente está.
Depois, é necessário planejar o protocolo odontológico para pacientes oncológicos, que pode ser dividido em três fases: prévia, durante e posterior.
Os métodos precedentes devem ser compostos por:
O acompanhamento do profissional de odontologia com a equipe oncológica deve ser feito também nas fases aguda, imunossupressão, internação hospitalar e nas etapas de melhora e doença assintomática.
É preciso ressaltar que o planejamento do tratamento odontológico também é responsabilidade do dentista – é importante focar nos treinamentos de higiene bucal, especialmente quando se trata crianças, que são dependentes dos pais e não têm tanta autonomia e coordenação.
Nesta fase, o dentista deve acompanhar o paciente em todas as etapas, inclusive em situações de internação. É necessário conversar e tirar dúvidas conforme a necessidade do enfermo e atuar com os sistemas corretos.
Ao adotar um protocolo odontológico para pacientes oncológicos, saiba que a hemorragia é um dos casos mais previsíveis. Por conseguinte, antes de realizar qualquer tipo de cirurgia, o dentista deve fazer os exames com a contagem de plaquetas.
Caso o número esteja abaixo ou igual a 75.000 plaquetas/mm³, o intermédio deve ser evitado. Se for exigida uma cirurgia, o cirurgião-dentista deve avaliar a situação com a equipe médica.
A mucosite também é um dos distúrbios com maior incidência e mais dolorosos. Ela se define como uma “alteração na textura e coloração da mucosa”, em razão à atrofia do epitélio, que surge com sintomas de dor leve e grave, seguindo o grau de perda tecidual e agressão por patógenos.
Ela surge em consequência da quimioterapia de grande dosagem em pacientes que passam pelo transplante de medula óssea e pela exposição à radioterapia.
As infecções em decorrência dos tratamentos oncológicos são variadas, e muitas delas já existem antes mesmo das terapias. Elas podem ser de origem endodôntica ou periodontal, e podem desenvolver um problema local ou sistêmico.
As infecções mais comuns são:
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De modo geral, quem tem câncer pode fazer a extração de dentes. Porém, há casos e momentos do tratamento em que o oncologista pode não autorizar a operação. As preocupações envolvem o risco de infecção, possíveis sangramentos e hemorragias e também a capacidade de cicatrização.
Por isso que a adoção de um protocolo odontológico para pacientes oncológicos mencionado antes é imprescindível, pois orientará toda a equipe sobre os cuidados essenciais. A equipe deve avaliar qual a melhor opção para cada caso.
Os cuidados depois de extrair um dente incluem repouso, higienização da ferida, alimentação líquida ou pastosa nos primeiro dias e prescrever a medicação necessária. Caso ocorra qualquer eventualidade, oriente paciente e familiares que comunique urgentemente a equipe médica e o cirurgião-dentista.
Por outro lado, caso o paciente não seja autorizado a realizar esse tipo de tratamento naquele momento, os dentistas devem utilizar outros métodos para que a situação não piore, até que se torne seguro realizar a extração.
A última etapa do protocolo odontológico para pacientes oncológicos é o pós-tratamento. É comum que aqueles que passaram por diversos procedimentos agressivos apresentem problemas na saúde bucal. Por isso, após se recuperar, eles precisam passar por uma avaliação no dentista para identificar possíveis problemas.
Avaliações periódicas devem ser feitas para eliminar placas bacterianas e raspagem gengival podem ser realizadas, além de restauração definitiva, bochechos e mecanismos com laser.
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