Entenda

O que é Síndrome da Ardência Bucal?

O que é Síndrome da Ardência Bucal

Para você que deseja compreender melhor a síndrome da ardência bucal, saiba que trata-se de uma condição crônica relativamente rara, sobre a qual a odontologia ainda faz os primeiros estudos. Apesar de ser comumente referida pela sigla “SAB”, outros nomes relacionados ao problema são glossodinia, disestesia oral ou simplesmente ardência na língua.

Como o termo sugere, a condição causa dor e desconforto, o que leva à busca pela ajuda médica. Não são raras as situações em que médicos dermatologistas e otorrinolaringologistas são procurados, mas os odontologistas costumam receber a maior parte dos pacientes.

Apesar da taxa pequena de incidência (com algumas pesquisas citando números inferiores à 1%) e da complexidade da Síndrome da Ardência Bucal, já existem algumas informações importantes sobre ela.

Neste artigo, produzido pela redação do Centro de Desenvolvimento em Odontologia (CDO), vamos falar um pouco sobre todos os aspectos dessa condição. Boa leitura!

O que é Síndrome da Ardência Bucal e quais são os seus sintomas?

Esta síndrome é primariamente caracterizada por uma sensação de queimação na língua ou na boca, a qual varia de um desconforto leve até um debilitante. Ela é repentina e pode ocorrer também nas bochechas e na parte superior da cavidade bucal.

A frequência e periodicidade dessa síndrome variam. Alguns pacientes relatam acordar sem a queimação e ver os sintomas aumentando durante o dia, outros apresentam a ardência de maneira consistente, aliviando quando chega a noite.

Acrescentando à multiplicidade de casos, algumas pessoas experienciam esse desconforto diariamente por longos períodos de tempo, enquanto outras observam períodos sem a sensação. As crises provocadas pela Síndrome da Ardência Bucal podem durar algumas horas ou alguns dias, variando em gravidade.

O que a torna especialmente complicada é a possibilidade de desencadear outros problemas, como a xerostomia ou a perda do paladar. Dormência, boca seca e gosto alterado ao consumir alimentos também são relatados por pacientes.

Por isso é importante que você, como profissional da odontologia, entenda tudo sobre o que é Síndrome da Ardência Bucal. Vamos abordar melhor o tema!

Quais são as causas e fatores de risco?

Quando falamos sobre as causas dessa síndrome, é preciso dividi-las em duas categorias de situações: aquelas em que a SAB é primária (e por consequência causa outros problemas) e aquelas em que é secundária (desencadeada por outras condições).

Para entender o que é Síndrome da Ardência Bucal, saiba que, se for primária, não existe uma causa identificável, o que dificulta todos os outros aspectos relacionados ao diagnóstico e aos tratamentos.

Por outro lado, a SAB secundária pode ser compreendida considerando as causas subjacentes.

A Síndrome da Ardência Bucal pode afetar diversos grupos de pessoas, embora observe-se frequência em mulheres pós-menopausa. Pacientes com diabetes, ansiedade crônica e alergias alimentares podem perceber a condição, de acordo com os seus diferentes tipos.

Outras condições subjacentes incluem desequilíbrios hormonais, refluxo ácido, infecções na boca, uso de alguns tipos de medicamentos, anemias e deficiências nutricionais em ferro e zinco, doenças na mucosa oral e outros comportamentos parafuncionais, como o bruxismo.

Como é feito o diagnóstico da SAB?

Você conseguiu entender o que é Síndrome da Ardência Bucal? Então agora precisa saber como identificá-la.

O diagnóstico se dá a partir da anamnese e especialmente da exclusão de condições subjacentes. Basicamente, o odontologista chegará a essa conclusão eliminando outras possibilidades, de acordo com técnicas clínicas e auxiliado pela realização de exames.

Alguns dos exames que podem contribuir para o diagnóstico da Síndrome da Ardência Bucal e identificação de causas subjacentes são o de sangue, testes de imagem, swabs orais e biópsias.

Analisar o histórico médico do paciente também aumenta as possibilidades do diagnóstico correto.

Nesse sentido, o trabalho pode sair das mãos do odontologista. Caso todas as possibilidades de doenças bucais como causa primária sejam descartadas, podem ser recomendados médicos de outras especialidades, considerando o quadro geral e os exames do paciente.

Quais são as possibilidades de tratamento e prevenção

Após entender o que é Síndrome da Ardência Bucal, precisamos saber que não existem maneiras de preveni-la quando trata-se de uma condição primária, considerando que a causa é desconhecida.

Por outro lado, quando é secundária, as causas primárias podem ser identificadas e tratadas de acordo.

Ou seja: as possibilidades de tratamento dependem do que causou a condição (caso esse motivo exista). Apesar disso, em todas situações é possível reduzir a gravidade dos sintomas, levando em conta hábitos alimentares ou comportamentais que desencadeiam o desconforto.

Algumas maneiras de reduzir a sua frequência incluem evitar substâncias comestíveis ácidas, reduzir situações de estresse, beber líquidos gelados ao longo do dia, adotar uma dieta balanceada, parar de fumar e praticar atividades físicas.

Somado a tudo isso, após compreender o que é Síndrome da Ardência Bucal, vale lembrar que, caso seja identificado algum fator de desencadeamento, ele também deve ser interrompido.

Em situações nas quais a condição aparece após a ingestão de algum alimento ou medicamento, soluções podem ser encontradas, evitando o seu consumo.

Nos casos de SAB secundária, tratar a causa primária provavelmente a fará desaparecer. Se a ansiedade for o que a desencadeia, por exemplo, tratá-la irá fazer o paciente deixar de relatar o desconforto.

Por ser uma condição largamente inexplorada, é muito importante que o profissional da odontologia que realiza o diagnóstico da síndrome saiba como proceder, seja realizando exames ou oferecendo possibilidades de melhora do quadro.

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