Endodontia

O que é endodontia microscópica e por que usá-la em seu consultório?

O que é endodontia microscópica

O diferencial da microscopia é tornar o tratamento mais preciso e eficiente

A endodontia microscópica é uma especialidade que atua no tratamento do canal para a prevenção, diagnóstico e cura da polpa dental de forma mais precisa e eficiente. Com o uso de tecnologia da imagem, ela amplia o campo visual do dentista, que agora pode observar uma estrutura que, até então, não se vê a olho nu.

A consequência é o sucesso dos tratamentos, além da segurança do paciente. De fato, essa prática não se configura apenas como um diferencial, mas se apresenta como fator importante no consultório odontológico pela garantia de previsibilidade do procedimento.

Por causa da facilidade no tratamento de casos de alta complexidade, bem como a limpeza de áreas não visualizadas e dar maior precisão aos resultados, é extremamente necessário que o profissional entenda bem o que é endodontia microscópica.

Para ajudá-lo, vamos abordar este tema neste artigo elaborado pela redação do Centro de Desenvolvimento em Odontologia (CDO). Boa leitura!

O que é endodontia microscópica?

Esta área da endodontia faz uso do microscópio no tratamento de canal, o que facilita nos procedimentos que visam neutralizar as doenças da polpa dental, isto é, a parte interna do dente. Uma de suas principais vantagens desta ferramenta é a detecção otimizada dos canais radiculares e suas variações.

A rotina dos consultórios envolve procedimentos realizados em áreas pequenas e escuras, demandando precisão e destreza por parte do cirurgião. Logo, a endodontia microscópica confere ao profissional maior segurança e viabiliza o reconhecimento de canais que não seriam tratados sem uma ampliação aprimorada, mesmo em radiografias panorâmicas.

Para se ter uma ideia, o equipamento proporciona luminosidade 85 mil vezes maior no interior dos canais, além da magnificação na região interna da raiz aumentada em até 40 vezes. Na prática, ele aumenta a qualidade do tratamento e na descontaminação, bem como colabora para resolver casos até então considerados insolucionáveis.

Conforme extensão da doença endodôntica, o tratamento com a aplicação da microscopia, se associado a outras técnicas modernas, como instrumentos rotatórios, localizadores apicais e ultrassom, pode ser feito em sessão única. Porém, seguindo limpeza, modelagem adequada do canal radicular, obturação tridimensional e blindagem coronária definitiva.

Por que este procedimento é importante na endodontia?

A endodontia microscópica faz com que o tratamento do paciente seja mais preciso, pois o profissional consegue visualizar estruturas que não conseguiria alcançar a olho nu. Isso é possível pelo uso de tecnologias de ampliação de imagem e iluminação que otimizam o campo visual. Deste modo, torna-se essencial para o diagnóstico e procedimentos.

Os dentes apresentam estrutura interna complexa e canais radiculares de diâmetro milimétrico. Por isso, o uso da tecnologia microscópica se faz necessária, sendo um procedimento menos invasivo do que os tradicionais.

Logo, os principais benefícios para o paciente são:

  • Diagnóstico clínico precoce;
  • Resultados mais precisos e de maior previsibilidade;
  • Maior qualidade nos procedimentos;
  • Iluminação no campo operatório;
  • Ampliação da imagem;
  • Limpeza de áreas não visualizadas ou tratadas (quando aliadas ao ultrassom).

Ao entender o que é endodontia microscópica, é possível perceber que ela também viabiliza o tratamento de casos de maior complexidade, especialmente aqueles provenientes de canais inadequados e que requerem retratamentos. Outra aplicação importante é a documentação dos casos clínicos, pois a ferramenta permite o arquivamento dos dados e procedimentos.

Isso serve tanto para material educativo quanto amparo legal do paciente e próprio profissional. O registro inclui fotografias e vídeos, um arquivo amplo dos procedimentos endodônticos realizados.

Principais tratamentos feitos na endodontia microscópica

A microscopia pode ser empregada nos diversos tratamentos endodônticos, a maior parte deles provenientes da cárie, a causa mais comum de inflamação pulpar. Porém, no consultório, antes mesmo do emprego do microscópio, é preciso conversar com o paciente ou realizar exames complementares para identificar:

  • Traumas;
  • Problemas periodontais anteriores;
  • Abrasões dentárias;
  • Indicações proteicas.

Os sintomas mais frequentes que se relacionam a problemas endodônticos são sensibilidade, dor latejante e ao mastigar, fístula e dente escurecido. Após avaliação e exames, procede-se com tratamento de canal para casos de pulpite, necrose pulpar e pulpectomia, por exemplo.

Ainda que, a depender da extensão da doença pulpar, seja possível fazer o tratamento em apenas um atendimento, é importante deixar o paciente ciente de que, caso a infecção ou proliferação seja mais complexa, faz-se necessária a realização de sessões múltiplas.

Complemento da tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é um dos exames complementares no tratamento endodôntico. Quando associada à endodontia microscópica, amplia a visualização de canais radiculares, adicionais e istmos, além de dar maior acessibilidade para limpeza da área comprometida.

Os dois exames, juntos, permitem, ainda, que o profissional remova pinos e instrumentos fraturados, feche perfurações, localize canais calcificados e realize o diagnóstico completo com mais segurança.

O uso da endodontia microscópica em consultório visa, acima de tudo, a otimização do tratamento do paciente, a fim de torná-lo minimamente invasivo e o máximo indolor. Porém, é importante deixá-lo ciente quanto a necessidade do controle radiográfico, recomendado de três a seis meses após o término do procedimento.

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